Um novo reflexo para a cidade de Brumadinho, em Minas Gerais, após o rompimento da barragem que deixa ao menos 65 mortos, está preocupando o governo de Jair Bolsonaro. A coluna conversou nesta terça-feira (29) com o ministro da Cidadania, Osmar Terra, que esteve no local da tragédia na segunda-feira. "O drama maior é humano", afirmou. Mas os efeitos a médio e longo prazo preocupam.
— Há um outro problema que vai acontecer. E não é consequência ambiental somente. Pelo que acompanhamos, a cidade deverá sofrer uma depressão econômica e isso significa que mais gente vai precisar de renda do governo. A cidade, em si, terá perda econômica, para além de toda a perda humana. Pelo que apurei da tragédia de Mariana, a renda per capita no local caiu para um terço do que era antes — contou à coluna pouco antes de ingressar na reunião ministerial desta terça que também discutirá o tema.
O ministro afirmou que pretende discutir o tema e verificar possíveis ações do próprio governo para tentar amenizar esses efeitos econômicos. Mas afirma que a Vale também terá que participar desse processo.
— A médio prazo vamos ter que refazer a cidade. Inclusive talvez seja preciso modificar a matriz econômica. Isso é um trabalho que o governo vai ter que fazer e a Vale vai ter que participar disso — explicou.
Osmar Terra afirmou que o governo segue comprometido com ações que busquem atender à população afetada pela tragédia em Brumadinho. São medidas de emergência, como por exemplo antecipar recursos de programas de transferência de renda, entre eles o Bolsa Família, no sentido de atender especialmente as pessoas mais vulneráveis.