O vereador Fernando Holiday (DEM-SP), um dos líderes do MBL (Movimento Brasil Livre) foi o convidado do Timeline nesta quarta-feira (21). Entre outros assuntos, falou sobre o conflito pessoal entre ser gay e seguidor dos princípios da Igreja Católica. Holiday disse que o movimento LGBT, muitas vezes, erra ao tenta fazer releituras da Bíblia.
— Não adianta o movimento LGBT tentar reler ou fazer uma releitura da Bíblia, ou então querer obrigar instituições milenares como é o caso da Igreja Católica a mudar de opinião sobre isso. Acho que a Bíblia é muito clara nesse sentido — disse.
Na avaliação do vereador, a Igreja a e a Bíblia tem um posicionamento claro sobre o tema, de que Deus não pretendia que pessoas do mesmo sexo se relacionassem sexualmente.
— Eu sou um seguidor de Santo Agostinho e, depois de muito estudar e me debruçar sobre isso, eu acredito que tanto pela leitura do Novo Testamento, quanto do Velho Testamento, que Deus criou o homem e a mulher e não pretendia que pessoas do mesmo sexo se relacionassem sexualmente. E acho que ele transformou isso num mandamento até mesmo por questões de saúde, etc. — avaliou.
Holiday ressaltou, porém, que, na sua visão, não haverá uma condenação divina generalizada sobre os homossexuais. Para ele, o julgamento será sobre cada caso e que, neste sentido, cada um deve seguir o seu próprio coração.
— Eu acho que o julgamento será individual. Não é uma regra, acredito, algo como ‘Ó, pegou do mesmo sexo, será condenado’. Acho que Ele (Deus) vai olhar todo filme e não a foto. Então acho que cada um deve seguir o seu coração nesse caso — disse, em entrevista ao ao programa Timeline.
Holiday acrescentou ainda que, na sua interpretação, cabe aos movimentos LGBT lidar com as diferenças de posicionamento com instituições como a Igreja Católica . Na interpretação dele, esse tema deveria ser "estritamente privado" e não se tornar bandeira política.
— Eu acredito no seguinte: o amor ao próximo e o amor a Deus são o resumo de todos os mandamentos que a Bíblia tem. Então, se você está com alguém que você ama e aí independente de sexo, se você realmente ama aquela pessoa, acho que isso supera todas as coisas. E pode ser que eu esteja absolutamente errado do ponto de vista teológico. Mas, o fato é que esses assuntos precisam ser estritamente privados. Não deveria ser assunto de bandeira política, como às vezes acontece com os movimentos LGBT. Então, mudar essas doutrinas de fato não é o caminho - disse.