Além da deputada federal Yeda Crusius (PSDB), outros sete ex-governadores recebem pensão especial pelo fato de terem estado à frente do Palácio Piratini. São eles: Tarso Genro (PT), Germano Rigotto (PMDB), Olívio Dutra (PT), Antonio Britto (eleito pelo PMDB), Alceu Collares (PDT), Pedro Simon (PMDB) e Jair Soares (PP). O valor mensal é de R$ 30.471,11 – os dados se referem ao mês de agosto.
Nesta sexta-feira (22), a ex-governadora informou à Rádio Gaúcha que pediu à Secretaria da Fazenda para deixar de receber a pensão.
De acordo com dados do Portal da Transparência, no mês de agosto, cada um deles recebeu R$ 32.427,37. O valor considera a pensão especial (R$ 30,4 mil) e soma também uma parcela do 13º salário de 2016, de R$ 1.960,60.
Somados, os benefícios dos oito ex-governadores chegam a R$ 243 mil num único mês – sem considerar o 13º. No ano, esse valor atinge R$ 3,1 milhão.
Nesta sexta, Yeda disse que está "legitimada" para participar da Comissão Especial que tratará dos supersalários na Câmara dos Deputados. Em agosto, a parlamentar recebeu R$ 66 mil em vencimentos relativos à pensão de ex-governadora e ao salário como deputada, acima do teto constitucional de R$ 33,7 mil.
Viúvas
Além dos citados, quatro viúvas de ex-governadores também recebem benefícios pagos pelo Estado. Somente para elas, o Estado desembolsa R$ 1,5 milhão por ano.
Entre as beneficiadas estão: Neda Mary Eulalia Ungaretti Triches; Nelize Trindade de Queiroz; Marilia Guilhermina Martins Pinheiro (também recebe pensão do governo do Rio de Janeiro) e Mirian Gonçalves De Souza.
Neda Mary Eulalia Ungaretti Triches – viúva de Euclides Triches, morto em 1994.
Nelize Trindade de Queiroz – viúva de Sinval Guazelli, morto em 2001.
Marilia Guilhermina Martins Pinheiro – viúva de Leonel Brizola, morto em 2004.
Mirian Gonçalves De Souza – viúva de Amaral de Souza, morto em 2012.
Fim da pensão vitalícia
Em dezembro de 2015, a Assembleia Legislativa aprovou projeto de lei de autoria da deputada Any Ortiz (PPS) que modifica as regras para concessão da pensão a ex-governadores. O texto foi sancionado pelo governador José Ivo Sartori.
A lei extinguiu a pensão vitalícia para os próximos governadores, limitando o benefício aos quatro anos posteriores ao fim do mandato. A mudança não vale para os atuais beneficiários – nem para Sartori.