Foi racismo ou não foi? A premiação de Vinicius Junior como melhor jogador do mundo no Bola de Ouro era tida como certa, mas ele acabou em segundo lugar, e não deu outra: o debate sobre preconceito racial veio à tona outra vez.
Vini Jr. ficou sabendo antes da cerimônia que não seria o vencedor e optou, junto de seu clube, o Real Madrid, por não aparecer no evento — que teve como estrela o jogador Rodri, do Manchester City, coincidentemente ou não, um homem branco.
Em seu perfil no X, o craque brasileiro quebrou o silêncio e escreveu: "Eu farei 10x se for preciso. Eles não estão preparados". O camisa 7 do time espanhol recebeu apoio, mas também uma enxurrada de ataques racistas, com gente sem noção (para dizer o mínimo) postando figurinhas de macaco e de banana na timeline do atleta.
Nos últimos anos, Vini Jr. tornou-se um dos principais combatentes do racismo no futebol, peitando grandes clubes, reagindo a torcedores infames e jamais se calando.
Mexeu com um vespeiro, especialmente na Espanha, mas não só lá. Ele não aceitou o papel historicamente relegado aos jogadores pretos, acostumados a engolir o orgulho para seguir em frente. Vini, não.
Foi racista a decisão do Bola de Ouro? Jamais saberemos, a menos que venham à tona novos fatos sobre o que realmente ocorreu nos bastidores do júri. Rodri, é verdade, também fez uma boa temporada, embora não fosse o franco favorito.
Seja como for, ficou no ar o questionamento — e ele é mais do que legítimo. Na dúvida, estou com Vinicius Junior.