No mundo todo, novos materiais vêm sendo pesquisados e desenvolvidos em busca de matérias-primas sustentáveis para roupas e acessórios. Só que, às vezes, elas estão no “nosso quintal” e a gente não se dá conta.
Quer exemplos? Fibras vegetais de vime, trigo, taquara, butiá e até bananeira, utilizadas por artesãs tradicionais nem sempre valorizadas como deveriam.
De olho nesse conhecimento ancestral em vias de extinção e no potencial por trás dessa história, um grupo de pesquisadores criou o projeto Artesanato de Fibra RS.
— A ideia é resgatar essa cultura, valorizar as mulheres envolvidas e ajudá-las a criar um arranjo colaborativo para que possam ganhar força e se sentir acolhidas — diz Tatiana Laschuk, idealizadora do projeto e especialista em moda sustentável.
São três etapas pela frente. A primeira, já em andamento, é de pesquisa, com visitas a produtoras em diferentes regiões do Estado. O objetivo é compreender o processo produtivo e de desenvolvimento das fibras vegetais.
Depois, haverá uma série de oficinas de capacitação - todas gratuitas - entre março e abril de 2025, abrangendo Região Metropolitana, Serra, Missões e Litoral Norte. Os cursos abordarão questões técnicas e estéticas do que é produzido, para ampliar a visibilidade das criações e fortalecer a presença no mercado.
Por fim, o projeto promoverá uma exposição dos produtos, com rodada de negócios, em Porto Alegre.
Inscrições abertas
O projeto está com inscrições abertas para as artesãs participarem da etapa de capacitação. Para isso, basta preencher o formulário no site www.artesanatodefibrars.com.br.
A proposta é realizada com recursos da Lei Complementar no 195/2022, conhecida como Lei Paulo Gustavo.