Foram 171 dias, 4.104 horas, quase seis meses sem voos no Salgado Filho, o principal terminal aéreo do Rio Grande do Sul. A volta do aeroporto, depois de tudo o que passamos na maior catástrofe climática da história do Estado, é o Rio Grande do Sul de novo no mapa do turismo e dos negócios.
É, também, um alento para quem precisa se deslocar. Foram meses de dificuldades, baldeações e horas perdidas em escalas intermináveis e cansativas, sem falar do custo das passagens.
Demorou? Sim, e muito. Poderia ter ocorrido antes? É possível. Faltou prevenção? Não tenho dúvida. É um retorno ainda parcial? Sim. Nem por isso, devemos deixar de comemorar.
A volta do aeroporto é para celebrar, sim, e muito, porque significa a retomada da economia gaúcha.
A festa que cidades como Gramado, Canela e Nova Petrópolis fizeram no desembarque do primeiro voo comercial, na manhã desta segunda-feira(21), é mais do que justificada. É um suspiro de alívio e, ao mesmo tempo, a certeza de que o turismo será peça-chave na recuperação.
Neste primeiro dia, são 71 viagens previstas. Daqui a duas semanas, o número sobe para 122 pousos e decolagens. Antes da inundação, com a operação em força total, a média diária era de 140 a 160 voos, segundo a Fraport. Agora é torcer para que, até o fim do ano, esteja tudo normalizado, sem esquecer, é claro, das lições deixadas pela enchente.