Vai ter bombo leguero retumbando em São Leopoldo, no Vale do Sinos, neste sábado, no Museu do Trem. Ernesto Fagundes receberá o luthier argentino Índio Froilán (foto) na Aldeia Sesc Capilé, que completa 15 anos. Além de dar uma aula sobre o instrumento, a dupla fará uma apresentação especial. Tudo de graça.
— Vai ser uma baita leguerada — brinca Ernesto, expoente do bombo no Rio Grande do Sul.
Na oficina, às 14h, Froilán montará dois tambores ao vivo, e o músico gaúcho ensinará algumas levadas. Depois, às 19h, eles subirão ao palco ao lado de Paulinho Fagundes (violão) e de Kiko Freitas (bateria) para tocar composições de Ernesto e clássicos do cancioneiro latino-americano. O espetáculo terá ainda a participação do filho de Ernesto, Santiago, 10 anos, que está seguindo os passos do pai na percussão.
Amizade musical
Ernesto Fagundes e Índio Froilán se conheceram em 2010, quando o gaúcho gravou um documentário sobre as origens do bombo na América Latina. Na ocasião, Ernesto esteve com o luthier em Santiago del Estero, na Argentina, onde o construtor mantém sua oficina.
Léguas e léguas de distância
Produzido a partir de troncos ocos (em geral corticeiras) e revestido com pele curtida de animais, o bombo leguero faz parte da cultura platina. Reza a lenda que ganhou esse nome porque pode ser ouvido “a léguas de distância”.