Um dos grandes desafios do Rio Grande do Sul, desde sempre, é reter “cérebros”. Sem gente qualificada vivendo e trabalhando aqui, fica mais difícil melhorar a produtividade e alavancar o desenvolvimento.
Há diferentes formas de evitar a debandada de talentos. Uma delas é remunerando pesquisadores de ponta que atuam em temas estratégicos e produzem ciência com aplicação prática. Essa é a aposta da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapergs), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Recém-lançado pela Fapergs, o edital do Programa de Apoio à Fixação de Jovens Doutores no Brasil tem justamente o objetivo de criar condições favoráveis para que os selecionados mantenham seus projetos aqui, junto a grupos e redes de excelência no Estado.
— Formamos 2,5 mil doutores por ano no RS e muitas vezes os perdemos porque não criamos boas oportunidades. Queremos reverter isso — resume Odir Dellagostin, à frente da Fapergs.
A iniciativa vale tanto para profissionais ligados a instituições científicas, tecnológicas e de inovação quanto a empresas, em áreas de vanguarda. No RS, são 80 bolsas de pós-doutorado júnior e pós-doutorado empresarial (de um total de 1,3 mil no país), por 24 meses, além de auxílio para a pesquisa. Ainda é pouco, mas já é alguma coisa.
Mais detalhes
O investimento total é de R$ 12 milhões (R$ 8 milhões do CNPq para bolsas e R$ 4 milhões da Fapergs para auxílio às pesquisas). As inscrições vão até 25 de novembro no site sig.fapergs.rs.gov. Mais informações em fapergs.rs.gov.br ou pelo e-mail dec@fapergs.rs.gov.br.