Com um “quê” de ficção científica, o artista Edson Pavoni, de São Paulo, estreia na 13ª Bienal de Artes do Mercosul, no Farol Santander, em Porto Alegre, no próximo dia 15. Conhecido por unir cultura e tecnologia, ele traz à Capital a obra Templo Orbital.
Trata-se de um satélite real, construído com a ajuda de um time de engenheiros e designers, que será lançado ao espaço em fevereiro de 2023, com o foguete Falcon 9, da SpaceX. Por 10 anos, o equipamento ficará orbitando o planeta, levando nomes de pessoas e animais que morreram.
A obra, que venceu o Prêmio CubeDesign 2021, do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe), terá um QR Code. Quem for ao Santander, poderá apontar o celular para o código e incluir nomes na lista.
— Pode não ser algo constante na mente, mas nossas crenças sobre o que acontece após a morte moldam o nosso dia a dia. E se a nossa ideia em comum de paraíso fosse radicalmente mais inclusiva? Esse imaginário me levou à criação de um templo no espaço — explica Pavoni, que se define como artista e tecnologista.