Se tem algo que o South Summit Brasil está ensinando a Porto Alegre - além da importância dos negócios inovadores - é o potencial reprimido dos armazéns do Cais Mauá. Graças ao evento, os pavilhões A4, A5 e A6 (na foto acima) receberam melhorias e hoje são palco de palestras e competições internacionais. Não é possível que, após o encontro, que se encerra nesta sexta-feira (6), os espaços simplesmente voltem ao ostracismo.
Há uma proposta do governo do Estado para revitalizar a área, com lançamento de edital ainda este ano. A ideia é conceder à iniciativa privada os 11 galpões portuários entre o Projeto Embarcadero e a estação rodoviária da Capital, com investimento previsto de R$ 1,3 bilhão.
Mas, enquanto isso não se concretiza, o legado do South Summit merece ser perpetuado com novos eventos, inclusive para valorizar o esforço realizado nos últimos meses. As melhorias só foram possíveis, porque um grupo de empresários comprometido com a cidade atendeu ao chamado do prefeito Sebastião Melo.
Cada um entrou com uma cota em dinheiro para garantir a troca de telhas, do madeirame e de parte do forro dos prédios. Além da adequação no teto, os portões de ferro tiveram calhas substituídas e receberam pintura de conservação. Toda a área passou por lavagem e limpeza, com a retirada de nada menos do que 30 caminhões cheios de entulho.
A pergunta é: vamos deixar tudo parado até que o ambicioso projeto revitalização supere entraves e resistências ou vamos ocupar a área, desde já, com feiras, congressos e eventos turísticos?
Interesse
Marta Sfredo, colunista de Economia de GZH, já mostrou que há, sim, interesse pelo espaço como um novo polo de eventos no RS, em especial na área de turismo. Para capturar as oportunidades, o poder público e órgãos ligados ao setor precisam ficar alertas e agir rápido.