Eu sei, eu sei. Ninguém aguenta mais. Acredite, eu também não aguento. Então, vou ser breve: o momento exige cautela e atenção. Os números de casos confirmados de covid-19 deram um salto nos últimos dias e, como reflexo das festas do final de 2021, tendem a seguir aumentando.
Não se trata de entrar em pânico. A maioria da população – apesar das teorias da conspiração e do negacionismo de uma minoria – está vacinada. Ainda assim, a variante Ômicron é altamente transmissível. Essa peculiaridade, aliada à circulação de outros vírus (como o da gripe) e ao risco de coinfecção, está abarrotando as portas de entrada do sistema de saúde.
Se você parar o que está fazendo agora para olhar a taxa de ocupação em leitos de UTI no Rio Grande do Sul (é só entrar no Painel Coronavírus RS), vai ver que a situação, ao menos por enquanto, está sob controle. Até o início da tarde desta quarta-feira (5), menos de 10% dos pacientes graves tinham diagnóstico confirmado de coronavírus.
Isso não significa que inexistam motivos para preocupação. Basta uma rápida olhada no painel das emergências de Porto Alegre (na planilha atualizada em tempo real, mantida pela prefeitura) para perceber que, por lá, a coisa se complicou. Mesmo que os casos sejam de menor gravidade, ainda assim os doentes precisam de cuidados.
Outro ponto importante: com essa nova onda, aumentou a busca por testes. Não só na Capital, mas também no interior e, em especial, no Litoral Norte. É sempre bom lembrar que os exames rápidos (de antígeno) não são os mais confiáveis. Se der negativo, é preciso confirmar o resultado via RT-PCR (teste molecular, capaz de detectar o material genético do vírus), antes de seguir a vida normal.
Com o período de férias, há maior circulação de pessoas e isso potencializa as infecções. Então, aí vai o meu apelo: não custa nada redobrar os cuidados. Usar máscara, dar preferência a locais abertos e arejados, manter o distanciamento social e lavar as mãos. Não abra mão da vacina. Se está na hora da terceira dose, não deixe a oportunidade passar.