"Estranho", "insólito", "diferente", "singular", procuro adjetivos para dar uma ideia de Selvagem, terceiro disco de Mariano Marovatto, e nenhum desses me satisfaz, pois não resumem verdadeiramente a integridade do trabalho. Para começar, as oito faixas do álbum se estendem por apenas 14 minutos. São pequenas canções folclóricas brasileiras e portuguesas "quase obscuras da memória comum", descobertas por Marovatto em pesquisas sobre o Modernismo – as brasileiras integram o acervo de áudio da Missão de Pesquisas Folclóricas, empreendida por Mário de Andrade no Nordeste, em 1938; as demais vêm de pesquisadores portugueses. Os detalhes da realização do disco está nos textos do Diário de Bordo publicados em seu site.
Opinião
O avant-garde no arcaico
Mariano Marovatto processa arqueologia musical brasileira e portuguesa em "Selvagem"
Juarez Fonseca
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