Em pouco mais de dois anos, o contrato do pedágio mais caro do Rio Grande do Sul chegará ao fim - a tarifa para carros custa R$ 15,20. Desde 1998, a Ecosul administra trechos da BR-116 e BR-392.
Nesta quinta-feira (7), a comunidade da Zona Sul terá a possibilidade de discutir qual será o novo modelo de concessão que a região receberá. A audiência pública foi proposta pelo deputado federal Daniel Trzeciak (PSDB).
O encontro contará com a presença do diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Rafael Vitale. Ele será realizado às 19h, no auditório do Sicredi de Pelotas.
- A ideia é dar o pontapé inicial para que a comunidade se atente a isso e possa construir uma alternativa para que Região seja mais competida - avalia Trzeciak.
Cabe à ANTT fazer a montagem do edital que embasará o novo contrato. A duplicação do trecho do porto de Rio Grande e a possibilidade de incluir a nova ponte entre a BR-101 e a BR-392 são obras que poderão ser discutidas na nova concessão.
Ecosul
Originalmente, o contrato da Ecosul tinha 15 anos de duração. Começou a valer em julho de 1998 e deveria findar em 2013. Porém, no ano 2000, um aditivo prorrogou o vínculo até abril de 2026.
Em 2021, a empresa chegou a apresentar uma proposta de extensão do contrato. O valor do pedágio seria reduzido, novas obras seriam incluídas e o vínculo com a ANTT seria ampliado. A proposta foi rejeitada.
A Ecosul administra 457,3 quilômetros de estradas no sul do Estado. Na BR-116, o trecho fica entre Camaquã e Jaguarão. Na BR-392, entre Rio Grande e Santana da Boa Vista. Como forma de comparação, é quase a mesma quantidade que a CCR ViaSul tem sob sua responsabilidade - 473 quilômetros entre BR-101, freeway, BR-386 e Rodovia do Parque.