Na semana passada, uma notícia chamou a atenção dos gremistas. A gestão do presidente Romildo Bolzan estava desistindo da compra da Arena.
O que o Grêmio tentou, e não irá concluir, é antecipar a gestão do estádio. Contratualmente, a Metha - por meio da Arena Porto Alegrense - (antiga OAS) tem até 2032 para administrar a Arena. E isso permanecerá.
Porém, o que Romildo Bolzan articula com as parte envolvidas é a aquisição do terreno. A propriedade da área é da Karagounis e da OAS26. Quando isso ocorrer, o Grêmio entrega a área do Olímpico para seus futuros donos.
- O que nós referimos foi sobre a situação de administrar o estádio. Essa questão, realmente, depois de minutada, documentada no processo judicial, não foi levado avante exatamente pela situação que a OAS criou. Mas o que estamos trabalhando são situações de ordem de execução contratual, de corrigir as coisas que entendemos que não estão sendo cumpridas e, nessas providências, a gente tomar todas as providências necessárias para estabelecer a segurança e a boa execução do contrato. As medidas serão, num momento oportuno, anunciadas. E isso implica sim na continuidade da situação de receber a propriedade da Arena logo em seguida - explica Romildo Bolzan.
Ainda há situações que estão sendo resolvidas, como as obras do entorno da Arena. O Grêmio também trata de se proteger para que a dívida que a Metha tem com os bancos - pela construção do estádio - seja paga pela construtora.
Dos R$ 210 milhões financiados para a construtora OAS, R$ 66 milhões foram pagos. A última parcela foi repassada em 2014.
Essa será a sétima tratativa construída desde 2012. As seis tentativas anteriores tiveram desfecho negativo.
Pressão do prefeito
Em agosto, o prefeito Sebastião Melo prometeu desapropriar o Olímpico caso a demolição do estádio não fosse retomada. O projeto sobre o assunto chegou à Câmara de Vereadores em setembro. A prefeitura e o Ministério Público também recorreram ao Superior Tribunal de Justiça para destravar as obras do entorno da Arena do Grêmio.
No Rio Grande do Sul, o processo na Justiça que acompanha o acordo entre as partes, que estava parado desde o começo do ano, voltou a ter acompanhamento de um magistrado. A troca de juiz foi citada como uma das razões pela demora na retomada das negociações.