A Trensurb voltou atrás e decidiu suspender o reajuste de 11% na sua tarifa. Nesta quarta-feira (10), a diretoria da empresa determinou que seja feito um reestudo tarifário.
Foi determinante para o adiamento o anúncio do governo federal, que decidiu reduzir a tarifa de serviços da Usina Hidrelétrica de Itaipu em 8,2%.
Na terça-feira (9), a coluna divulgou que a Trensurb já havia definido o aumento e encaminhado a proposta para conhecimento do Conselho Estadual de Transporte Metropolitano (CETM) da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan). E a reunião até estava marcada para ocorrer no dia 17 de agosto.
Depois do encontro, a empresa avaliaria o momento mais adequado para alterar os valores. Com isso, a passagem subiria dos atuais R$ 4,50 para R$ 5,00.
A análise que embasou os 11% de aumento havia ocorrido em abril. Mas em 1º de julho, o governo do Estado reduziu de 25% para 17% as alíquotas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a gasolina, energia elétrica e telecomunicações, atendendo o que prevê medida provisória da União.
"Considerando que a energia elétrica é o maior insumo dentro do serviço prestado pela Trensurb, determinou-se que a área técnica faça um reestudo para analisar o impacto dessas medidas na composição tarifária da empresa", informa nota divulgada durante a manhã.
O último aumento ocorreu em setembro de 2021, quando o bilhete passou de R$ 4,20 para R$ 4,50. Antes disso, em março de 2019, a tarifa havia sido reajustada de R$ 3,30 para R$ 4,20 (veja quadro abaixo).
A tarifa cobre aproximadamente 40% das despesas da empresa pública. O restante, necessário para a oferta do transporte - é suprido por repasses do governo federal.