Depois de retirar mais de 2,5 mil toneladas de lixo da ampliação da Avenida Severo Dullius, na zona norte de Porto Alegre, a prefeitura precisa também manter a vigilância sobre a duplicação da Avenida Tronco. A obra de 6,5 quilômetros, prevista para a Copa de 2014, foi retomada em fevereiro e tem previsão de término para dezembro de 2022.
Aos poucos, a via vai ganhando um ritmo maior. Apesar disso, a duplicação convive com o descarte constante e irregular de lixo. A ampliação da pista divide espaço com entulhos, casas ainda não retiradas, estacionamentos improvisados e até uma moradia improvisada de um morador de rua.
Nos planos da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade Urbana (Smim) está a conclusão de parte da duplicação em 2021. O término da obra ainda é aguardado para dezembro de 2022.
Uma das grandes dificuldades enfrentadas desde o início na duplicação foi a retirada de famílias que ocupam o futuro traçado da via. Desde que a obra começou, 1.455 famílias conseguiram mudar de endereço. Mas ainda restam 15. E essas casas impedem que novos trechos sejam liberados ao tráfego.
Apenas 4 casas fazem a interligação de trechos prontos. A prefeitura aguarda a reintegração de posse, mas a pandemia acabou dificultando ainda mais, junto com a resistência das famílias restantes em deixar a região.
Um outro problema que precisa ser resolvido para a obra deslanchar é o pagamento de dívidas à construtora Pelotense. A empresa tem aproximadamente R$ 3,5 milhões a receber por serviços executados, parte deles realizado em 2015 e ainda não pagos.
Os trabalhos na região começaram em março de 2012 e pararam em outubro de 2016 por falta de recursos. Era uma das obras projetadas para a Copa de 2014 no Brasil. Os serviços foram retomados em junho de 2018 e suspensos em julho de 2019.
Até agora, 1,7 quilômetro já está pronto. Em fevereiro de 2020, a Smim pediu para que a empresa voltasse para a obra. O medo da prefeitura era que a Caixa Econômica Federal anunciasse o cancelamento do contrato por falta de execução de trabalho depois de dez meses parado.
A obra prevê o alargamento e urbanização de uma série de vias como Divisa, Cruzeiro do Sul, Moab Caldas, Silva Paes, Teresópolis e Gastão Mazeron desde as proximidades do Jockey Club até uma rótula em que a obra se bifurca: um ramo segue em direção ao Estádio Olímpico, e outro encontra a Terceira Perimetral.