Uma reunião realizada na semana passada selou o interesse da prefeitura e da construtora Pelotense no prosseguimento da duplicação da Avenida Tronco. As obras ocorrem em ritmo lento por dificuldade na desapropriação das 50 famílias que ainda estão no traçado da ampliação da via. Outro entrave é a demora na retomada dos pagamentos.
De acordo com o diretor-presidente da construtora, Luis Roberto Ponte, integrantes da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Mobilidade (Smim) que participaram da teleconferência que foi realizada reconheceram os problemas enfrentados. A expectativa é que todos os impasses sejam solucionados até o fim do mês.
- Resolvi acreditar, e vamos incrementar os trabalhos, cuja velocidade depende agora da efetivação de algumas desapropriações ainda pendentes - disse Ponte.
Os R$ 550 mil que a prefeitura informou que pagaria há duas semanas ainda está em tramitação com a Caixa Econômica Federal, segundo a assessoria da Secretaria Municipal de Planejamento e Gestão. O montante corresponde a 28% do que a prefeitura deve, segundo o que informam as secretarias de Planejamento e Gestão, e Infraestrutura e Mobilidade.
O valor total devido informado pela prefeitura, de R$ 1,96 milhão, é bem menor que os R$ 5 milhões que a construtora alega que são devidos. De acordo com a Secretaria Municipal de Gestão essa diferença ocorre no item referente à sinalização da obra. Falta acordo pois os valores propostos pela prefeitura, segundo interpretação do Tribunal de Contas do Estado (TCE), são opostos ao questionado pela construtora.
Para que a duplicação seja finalizada, falta ainda retirar 50 casas. As residências hoje impedem as obras em um trecho de 2 quilômetros.
Os trabalhos na região começaram em março de 2012 e pararam em outubro de 2016 por falta de recursos. Era uma das obras projetadas para a Copa de 2014 no Brasil. Os serviços foram retomados em junho de 2018 e foram suspensos em julho de 2019.
Até agora, 1,7 quilômetro já está pronto. Desde que a obra começou, 1.420 famílias conseguiram mudar de endereço.
Em fevereiro de 2020, a Smim pediu para que a empresa voltasse para a obra. O medo da prefeitura era que a Caixa Econômica Federal anunciasse o cancelamento do contrato por falta de execução de trabalho. Os trabalhos ficaram dez meses parados.
A ampliação da Avenida Severo Dullius e a troca do pavimento da Avenida João Pessoa perderam os recursos da Caixa por causa do tempo demasiado que as obras ficaram paradas. No caso da Severo Dullius, a prefeitura ainda tenta convencer o Ministério do Desenvolvimento Regional que a obra pode continuar sendo executada.