Daqui a sete meses, as câmeras de monitoramento da BR-116 irão completar uma década de funcionamento. Pioneira neste tipo de fiscalização no Brasil, a superintendência da Polícia Rodoviária Federal no Rio Grande do Sul (PRF-RS) tenta o que pouco conseguiu nestes 10 anos: manter a maior parte dos equipamentos ligados.
A dificuldade encontrada é ter recursos suficientes para investir na manutenção dos equipamentos, que ajudam os policiais a orientar o trânsito entre Porto Alegre e Novo Hamburgo. Elas também servem para registrar infrações cometidas ao longo da rodovia.
Das 23 câmeras, quatro estão em funcionamento segundo a PRF. As demais estão estragadas e precisam ser substituídas. Porém, apenas a imagem de um dos equipamentos costuma ser divulgada. É a do quilômetro 268, no bairro Niterói, em Canoas.
O superintendente-executivo da superintendência da PRF, Leandro Wachholz, informa que um levantamento está sendo feito para saber quanto de investimento é necessário para fazer o reparo. Depois que isso ocorrer, a polícia pretende visitar as prefeituras do eixo da BR-116 em busca de parcerias. A ideia foi pensada pelo superintendente da PRF no Rio Grande do Sul, Luís Carlos Reischak, e divulgada em novembro de 2019 pela coluna.
A PRF investiu R$ 2 milhões na compra dos equipamentos. A partir de agosto de 2010, por um período de sete meses, a empresa que venceu a concorrência instalou e testou as câmeras. Em março de 2011, elas foram entregues oficialmente para a superintendência.
Segundo dados divulgados em 2012 pela PRF, em 2011, 1950 motoristas foram multados entre setembro e dezembro. Em 2012, esse número chegou a 2912 durante todo o ano.
A maior parte das infrações identificadas eram de caminhões transitando na faixa da esquerda e carros estacionando em local proibido. Atualmente, a superintendência informa que não é possível saber quantos motoristas foram multados em 2019 com o auxílio das imagens.