Se a arrecadação de março já sofreu impacto por causa do distanciamento social causado pelo combate ao coronavírus, que começou na segunda quinzena do mês, a diminuição no número de passageiros transportados encolheu o faturamento da Trensurb em abril.
A previsão traçada no começo do ano era arrecadar R$ 15,69 milhões com venda de passagens no mês que passou. A receita conseguiu chegar a apenas R$ 3,43 milhões. Ou seja, a Trensurb arrecadou 78% menos do que estimou.
Em março, a arrecadação com transporte de usuários projetada era de R$ 14,98 milhões. A receita chegou a R$ 9,98 milhões. A diminuição na quantidade de passageiros começou a ser percebida entre 16 e 18 de março, quando as primeiras ações para diminuir a circulação de pessoas começaram a ser anunciadas.
Somando os dois meses, dos R$ 30,67 milhões que deveriam ter entrado nos cofres da empresa com a venda de bilhetes, entraram R$ 13,42 milhões.
Antes da pandemia, a Trensurb transportava, em média, 160 mil passageiros por dia. Em 1º de abril, foram apenas 35.760 bilhetes vendidos. Ao longo do mês, as medidas de distanciamento social foram sendo parcialmente flexibilizadas. Com isso, em 30 de abril, 53.094 pessoas foram transportadas.
A arrecadação de maio deverá melhorar um pouco mais. Dado divulgado pela Trensurb na quinta-feira (07) revela que 58.645 bilhetes foram vendidos na quarta-feira (06). Em abril, as bilheterias de dez das estações menos movimentadas funcionaram somente das 5h30 às 8h30. Mas, desde quinta-feira (07), elas foram reabertas.
Apesar da diminuição de receita, a empresa informa que ainda não precisou diminuir investimento ou parcelar salário de seus mil servidores. Além da venda de passagens, a empresa recebe auxílio financeiro do governo federal para ajudar a subsidiar a passagem. Também obtém verba por meio de venda de espaços publicitários nos trens e estações e aluguel de lojas nas plataformas.