As obras de troca de asfalto no corredor de ônibus da Avenida João Pessoa, em Porto Alegre, deverão ser retomadas na próxima semana. O contrato e a ordem de início foram assinados na quinta-feira (22) entre a prefeitura e a construtora Sultepa. A empresa tem o prazo de sete dias para iniciar os trabalhos.
- É mais uma obra que conseguimos retomar, não no tempo que o cidadão porto-alegrense merecia, mas agora estão vencidos os entraves e podemos, finalmente, contratar a finalização dessa importante melhoria na mobilidade urbana da Capital - destaca o prefeito Nelson Marchezan.
Serão investidos R$ 4,16 milhões durante 12 meses. Os recursos virão do caixa da prefeitura e do financiamento existente com o Banrisul. Os trabalhos ocorrerão em um trecho de 2,2 quilômetros, entre a Avenida Bento Gonçalves e a Rua Desembargador André da Rocha.
- Além de fazer a substituição da pavimentação asfáltica existente, já deteriorada pelo uso, a prefeitura também incluiu que a empresa faça os reparos apontados pela fiscalização no trecho entregue anteriormente - informa o secretário de Infraestrutura e Mobilidade Urbana, Marcelo Gazen.
Histórico de problemas
A obra começou em setembro de 2012. A previsão inicial de término era setembro de 2013. Os trabalhos pararam de ser executados em 2014. Apenas metade dos trabalhos foi realizado neste período. Em 2015, o consórcio de empresas Giovanella e Brasília-Guaíba, responsável inicial pelo serviço, até chegou a corrigir parte do pavimento que apresentou defeito.
Mas, em maio de 2016, a prefeitura informou que estava cancelando o contrato. Na ocasião, foi dito que a construtora Brasília-Guaíba apresentava dificuldade financeira ao passar por um processo de recuperação judicial. Segundo a administração municipal, a empresa não cumpriu com a atualização de documentos exigida. Desde então, a prefeitura falava em lançar nova licitação, que só ocorreu em 2019.
Essa foi a primeira obra da Copa de 2014 que perdeu os recursos da Caixa Econômica Federal. A comunicação oficial ocorreu em dezembro de 2019. O órgão financiador alertava a administração municipal que, se os serviços não fossem retomados, o repasse de recursos seria cancelado.
A segunda obra que teve o financiamento cancelado foi a ampliação da Avenida Severo Dullius. A prefeitura ainda tenta reverter essa decisão.