Desde as primeiras viagens do Trensurb nesta segunda-feira (23), o tempo entre os trens aumentou consideravelmente. Nos horários de pico, por exemplo, a espera se multiplicou cinco ou seis vezes, o que deixou plataformas cheias.
Trens que costumavam passar com intervalo de quatro minutos demoraram de 20 a até 30 minutos. O motivo da redução, principalmente, foi a retirada de 71 funcionários do quadro operacional. Eles foram afastados por estarem em grupo de risco mais exposto ao coronavírus.
O setor de tráfego teve 11 operadores de trens quando o normal é ter 32. À tarde, a previsão é ter 13 quando o necessário é ter 34. Na segurança operacional havia 18 funcionários, quando o ideal é ter 26. Nas estações havia 53 empregados de um total de 60. Para a tarde, a previsão é ter aproximadamente 36 pessoas.
Dessa forma, a empresa pública irá avaliar a situação a cada turno. Não está descartado, inclusive, que o tempo entre as viagens possa aumentar ainda mais, se outros profissionais precisarem ser afastados. Passageiros já não podiam viajar em pé e medidas de higiene foram intensificadas.
A Trensurb também informa que a queda no número de passageiros transportados, nos últimos dias, foi superior a 50%. Após o horário de pico, o movimento nas plataformas caiu consideravelmente. A expectativa da empresa é que a partir de amanhã os usuários, que puderem, mudem seus horários e essa situação poderá não ser repetida.
A Trensurb lembra que as pessoas devem evitar sair de casa e que o transporte público deve ser usado somente por aquelas com necessidades intransferíveis, tais como os trabalhadores da saúde, segurança pública e outras profissões essenciais.