Cinco anos já se passaram desde o início das obras de duplicação de 115,7 quilômetros da BR-290, entre Pantano Grande e Eldorado do Sul. Neste período, segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), apenas 11,44% dos trabalhos previstos foram realizados.
O motivo da demora é a falta de recursos. Até agora, R$ 88,4 milhões foram gastos nas obras, que deverão custar ao governo aproximadamente R$ 773 milhões.
Dos quatro lotes da duplicação apenas dois estão em execução. No lote 1, as empresas Bolognesi, Conterra e Magna concluíram 9,19% dos trabalhos previstos. Apenas o trevo de acesso a Charqueadas está em execução. Os serviços já foram finalizados mas ainda falta realizar os aterros de encontro do viaduto, suas contenções e a pavimentação asfáltica.
No lote quatro, 18,63% dos serviços previstos já foram realizados. A única obra em andamento é a construção do viaduto de Pantano Grande.
Para concluí-lo falta ainda construir uma rua lateral, que funcionará como desvio de tráfego, fazer as contenções de um dos lados da elevada e fazer a pavimentação do trecho duplicado.
Segundo o Dnit, as empresas "apresentaram problemas internos e atrasaram seus cronogramas de trabalho, mas os serviços já foram restabelecidos".
Após sucessivos adiamentos, estas obras deveriam ter ficado prontas em dezembro do ano passado. Porém, agora, a autarquia informa que a expectativa de término dos serviços nos acessos a Pantano Grande ficou para maio e obra em Charqueadas para julho.
As obras dos lotes 2, entre Eldorado do Sul e Butiá, e 3, entre Butiá e Rio Pardo, seguem paradas.
Anos de espera
A duplicação foi iniciada em outubro de 2014 ao custo de R$ 583,55 milhões. Havia previsão de que a obra fosse concluída até outubro de 2017. Por falta de dinheiro, o prazo de término do contrato tem sido constantemente alterado.