Foram conhecidas nesta sexta-feira (23) as propostas financeiras das empresas que participam da licitação para instalação dos relógios de rua de Porto Alegre. A empresa Brasil Outdoor apresentou o maior valor de outorga: R$ 81 milhões.
Pela previsão do edital, 20% do valor será pago após a assinatura do contrato. Outros 80% serão quitados ao longo do contrato a partir do 25° mês. Esta empresa é parte da americana Clear Channel, uma das maiores do mundo. No Brasil, ela tem sede em São Paulo.
O valor apresentado é 11 vezes maior do que a prefeitura previa lucrar com a instalação dos novos equipamentos. O valor mínimo de outorga proposto pela prefeitura era de R$ 7 milhões. O montante chamou a atenção dos participantes, pois foi muito superior, inclusive, ao segundo colocado, o consórcio Inovapoa, que ofereceu R$ 30 milhões.
A Brasil Outdoor terá agora que comprovar que terá capacidade de honrar com estes pagamentos. Ela já havia obtido a melhor proposta técnica, junto com a empresa JC Decaux do Brasil.
Antes de confirmar a Brasil Outdoor como vencedora da disputa, a prefeitura abrirá prazo para recurso das outras empresas e, posteriormente, vai fazer a análise da habilitação.
Ainda durante a concorrência, o primeiro colocado terá até 45 dias para apresentar o protótipo do relógio de rua, que será avaliado pela prefeitura. O contrato estipula que a empresa terá prazo de dois anos para colocação dos relógios.
Caberá à ela, também, fazer a conservação dos equipamentos. Em contrapartida, poderá explorar a publicidade dos espaços. O prazo da concessão é de 20 anos.
Além de registrar hora e temperatura, os futuros relógios eletrônicos de Porto Alegre também devem contar com câmeras de segurança. O sistema será interligado ao Centro Integrado de Comando da Cidade (Ceic). Os novos equipamentos também devem contar com medição de raios ultravioletas, painel de mensagens ao cidadão e Wi-Fi.
Os relógios de rua estão desativados há mais de quatro anos em Porto Alegre. Desde então, dois editais já foram lançados pelo Poder Executivo, mas sem sucesso. No primeiro, nenhuma empresa manifestou interesse e, no segundo, o processo foi suspenso.