A prefeitura de Porto Alegre divulgou os dois modelos de relógios de rua que aceitará serem instalados na cidade. O material está disponível na consulta pública lançada na segunda-feira (3) e receberá opiniões da população até 2 de outubro. Ainda assim, a instalação dos equipamentos, que estão desligados desde 2015, depende de licitação e só poderá acontecer a partir de 2019.
Os dois tipos de relógios são facilmente encontrados nas zonas oeste e sul do Rio de Janeiro, além de São Paulo. Eles têm seis metros de altura, sendo dois deles para espaço publicitário.
Além de hora e temperatura, informarão sobre raios ultravioleta e terão wifi gratuito, para acessar a internet. Na parte superior, haverá uma câmera que transmitirá imagens para o Centro Integrado de Comando da Cidade de Porto Alegre.
Já a possibilidade de se usar informações de trânsito no espaço informativo não se consolidou.
— Os 168 relógios não justificam alguém fazer um modelo novo, autoral, para atender apenas Porto Alegre. Então, se licitássemos com um projeto específico, seria algo extremamente restritivo à competição, que encareceria muito a participação dos licitantes — explica o secretário municipal de Parcerias Estratégicas, Bruno Vanuzzi.
Depois desse período de consulta pública, a prefeitura ainda precisará de 15 dias para realizar os ajustes finais e a publicação da concorrência. Respeitando os prazos de divulgação da disputa, apresentação de propostas e definição de vencedor, não será possível iniciar a retirada dos esqueletos dos antigos equipamentos e a instalação dos novos marcadores antes de janeiro de 2019.
A empresa vencedora da disputa ficará responsável pela instalação e pela manutenção dos novos equipamentos e pela retirada das estruturas antigas. Como contrapartida, poderá explorar a venda de publicidade nos espaços destinados. O contrato deverá estabelecer um vínculo de 20 anos.
Vencerá a concorrência quem oferecer o maior valor de outorga. A prefeitura estipulou o valor mínimo de R$ 8 milhões, sendo que R$ 2 milhões serão destinados para a Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre (Procempa), a fim de ligar os equipamentos na rede de fibra óptica. Dos R$ 6 milhões restantes, 20% precisam ser pagos à vista.
Os termômetros estão desligados desde julho de 2015, e esta é a terceira tentativa de religá-los. Na primeira, não houve empresas interessadas. Na segunda vez, o processo foi suspenso após questionamentos do Tribunal de Contas do Estado (TCE).