A prefeitura de Porto Alegre lançou uma nova consulta pública sobre a instalação dos relógios de rua. Desta vez, a proposta é de que interessados avaliem o edital pelo prazo de 30 dias. Depois desse período, a prefeitura ainda precisará de 15 dias para realizar os ajustes finais e publicação da concorrência. Respeitando os prazos de divulgação da disputa, apresentação de propostas e definição de vencedor, não será possível iniciar a retirada dos esqueletos dos antigos equipamentos e a instalação dos novos marcadores antes de janeiro de 2019.
Os termômetros estão desligados desde julho de 2015. Na época, a administração de José Fortunati entendeu que os equipamentos eram usados de maneira irregular por empresas privadas. Um imbróglio judicial, que se arrastou por quase duas décadas, permitia que elas cobrassem pela publicidade nos relógios sem contrapartidas financeiras para a prefeitura. A única obrigação era a manutenção do aparato.
Em março, a Secretaria Municipal de Parcerias Estratégicas concluiu a montagem da concorrência pública. Uma primeira consulta pública para saber onde os 168 relógios deveriam ser instalados foi realizada. A empresa vencedora da disputa ficará responsável pela instalação e pela manutenção dos novos equipamentos e pela retirada das estruturas antigas. Como contrapartida, poderá explorar a venda de publicidade nos espaços destinados. O contrato deverá estabelecer um vínculo de 20 anos.
Além de informar hora e temperatura, os novos equipamentos terão câmera de vigilância e wi-fi gratuito. Os pontos escolhidos para a instalação dos relógios tiveram critérios como melhor distribuição pela cidade e maior abrangência.
Esta é a terceira tentativa para religar os relógios. Na primeira, mão houve empresas interessadas. Na segunda vez, o processo foi suspenso após questionamentos do Tribunal de Contas do Estado (TCE).