O desligamento dos relógios de rua de Porto Alegre completa três anos no próximo mês, mas os equipamentos ainda não têm hora para voltar. O processo para contratação da empresa que ficará responsável por instalar e manter os novos aparelhos não se iniciará antes de agosto deste ano.
Em março, a Secretaria Municipal de Parcerias Estratégicas concluiu a montagem da concorrência pública. O processo ficou dois meses na Central de Licitações (Celic) da Secretaria Municipal da Fazenda e mais 30 dias na Procuradoria Geral do Município (PGM) — uma consulta pública, que ouviu portoalegrenses sobre os endereços em que os relógios têm de ser instalados, também foi feita.
Em abril, no entanto, a prefeitura decidiu fazer nova consulta pública, desta vez sobre o edital inteiro. Esse processo ainda está em ajustes finais — depois de iniciado, o prazo é de um mês para contribuições. Depois disso, o edital de instalação e localização dos 168 novos pontos que receberão os novos relógios digitais será publicado.
A empresa vencedora da disputa ficará responsável pela instalação e manutenção dos novos equipamentos e retirada das estruturas antigas. Como contrapartida, poderá explorar a venda de publicidade nos espaços destinados. O contrato deverá estabelecer um vínculo de 20 anos.
Além de informar hora e temperatura, os novos equipamentos terão câmera de vigilância e wi-fi gratuito. Os pontos escolhidos para a instalação dos relógios tiveram critérios como melhor distribuição pela cidade e maior abrangência.
Esta será a terceira tentativa para religar os relógios, que foram desativados em julho de 2015. Na ocasião, a prefeitura rompeu o vínculo com a empresa que fazia a manutenção dos equipamentos, que havia sido contratada sem licitação.
As duas concorrências anteriores foram durante a gestão do prefeito José Fortunati. Na primeira, empresas não manifestaram interesse na primeira disputa. Na segunda vez, o processo foi suspenso após questionamentos do Tribunal de Contas do Estado (TCE).