Desde 13 de março, os usuários da Trensurb pagam 9,3% mais pela tarifa. O valor subiu de R$ 3,30 para R$ 4,20. A empresa pública explicava na ocasião que essa era a última parcela de uma recomposição tarifária referente ao período de 10 anos sem alteração no valor da passagem.
A Trensurb justificou que este reajuste serviria para instalar ar-condicionado nos 24 trens da frota antiga. Uma carta foi enviada ao titular do Ministério do Desenvolvimento Regional, Gustavo Henrique Rigodanzo Canuto, contando os planos da Trensurb caso o aumento fosse autorizado.
Em outubro do ano passado, um protocolo de intenções foi assinado com a Rio Grande Energia (RGE) que tinha como objetivo trocar os motores dos veículos antigos, que consomem muita energia e impedem a utilização do ar-condicionado.
Um dos 24 trens antigos seria retirado de circulação para servir de modelo. A intenção da Trensurb era que, ainda em 2019, este veículo já estaria sendo avaliado.
Porém, cinco meses depois da alteração no valor da tarifa, ainda não há previsão de quando ocorrerá a instalação. Estudos estão sendo feitos para avaliar questões estruturais dos próprios trens, questões de custos e de viabilidade financeira. Até o momento, o que se realizou foi principalmente a cotação de custos de itens do projeto.
A Trensurb também explica que a climatização foi o principal exemplo dado sobre como os recursos seriam investidos, mas outros projetos também foram apresentados como a adequação e qualificação da acessibilidade das estações e de diversos "sistemas e subsistemas do metrô". E a execução destas ideias também seguem sem prazo definido.