Durou um ano o sonho de veranistas e moradores do Litoral Norte em ver a construção de um viaduto que é aguardado há mais de uma década. A licitação para contratar uma empresa que irá erguer uma elevada no cruzamento da RS-389 com RS-407 foi cancelada pelo governo do Estado.
O motivo da revogação da concorrência atende pedido do Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). A licitação havia sido lançada em junho de 2018. O governo Sartori, inclusive, chegou a prometer que a obra ficaria pronta até o verão de 2019.
"Os recursos liberados tiveram como prioridade as obras próximas da conclusão e rodovias em pior estado de trafegabilidade. Está se buscando uma nova disponibilização de recursos para demais obras na malha rodoviária", disse a autarquia por meio de nota.
No fim de março de 2019, a Central de Licitações do governo do Estado divulgou o nome da empresa que venceu a concorrência. A construtora Traçado apresentou a melhor proposta. Mas o resultado não foi homologado. A disputa foi suspensa por falta de dinheiro.
Em maio, o Daer chegou a divulgar que buscava "a liberação de recursos do Tesouro do Estado para dar prosseguimento à homologação da licitação e à contratação da empresa vencedora". Porém, na semana passada, o governo divulgou que vai investir R$ 301,4 milhões nas rodovias estaduais e nenhum valor foi destinado para o viaduto.
O governo iria precisar de R$ 4,28 milhões para realizar a obra. Conforme estipula o edital, a construção deveria ser executada em seis meses.
Anos de espera
Em 2011, o governo de Tarso Genro realizou estudo sobre a viabilidade de construir o viaduto e realizar a ampliação de tráfego da RS-407. Em 2014, o termo de referência sobre a elevada foi finalizado. A projeção indicava um viaduto de 750 metros de comprimento com investimento de R$ 11 milhões. Por falta de dinheiro, o projeto ficou esquecido.
Em novembro de 2017, o governo Sartori decidiu retomar os estudos para construir o viaduto. A elevada ficou menor e a ampliação de tráfego da RS-407 foi abandonada. Os valores foram revistos e reduzidos para R$ 5 milhões.