Com avanço nas negociações sobre as obras no entorno da Arena ocorrido há quase um mês, o Grêmio retomou as reuniões que tinham sido suspensas há três anos. Os primeiros encontros já ocorreram e o clube está intensificando as tratativas para adquirir o estádio de forma definitiva.
A troca de chaves, que contemplam a Arena e o Olímpico, não envolve mais a OAS, que construiu o novo complexo. A responsabilidade agora envolve a Karagounis, que assumiu a realização das obras pendentes no bairro Humaitá; além de seis instituições financeiras: Banco do Brasil, Banrisul, Santander, Bradesco, Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Todos precisarão estar de acordo com a intenção de compra para que o processo siga adiante. E a percepção atual do Grêmio é que em curto prazo, ainda em 2019, seja possível concretizar o negócio.
- O entendimento é que essa negociação é igualmente complexa, pois envolve todos os parceiros, com acréscimo do sistema financeiro - avalia o advogado e conselheiro do tricolor, Gladimir Chiele.
Ao entregar o Olímpico, o clube antecipará em 12 anos o recebimento definitivo da posse da Arena, recebe imediatamente a gestão do estádio, mas também se responsabiliza pelas dívidas assumidas pela OAS, que construiu o complexo.
Mas para que as tratativas avancem ainda é necessário aguardar o desfecho sobre as obras do entorno da Arena. Em 17 de abri, uma audiência realizada na 10ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre selou o acordo. Porém, ainda falta concluir algumas etapas. A principal delas depende da empresa Karagounis.
A construtora apresentou à Justiça as garantias financeiras para realizar obras como a duplicação da avenida A. J. Renner. Essa engenharia financeira precisa ser aprovada pelo conselho gestor da empresa, o que deve ocorrer até julho, e posteriormente submetido para a Justiça, que chancelará o acordo.