Prestes a completar dois anos parada, a duplicação da BR-116 entre Guaíba e Tapes corre o risco de ficar mais seis meses estagnada. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) tem até dezembro para garantir o recurso necessário para que a obra seja retomada em fevereiro.
A autarquia ainda precisa rescindir o contrato com a empresa Constran, em um dos dois lotes da obra. O trecho de 50 quilômetros era de responsabilidade da construtora. Em recuperação judicial, a empresa não conseguiu obter o seguro garantia para retomar o contrato com o Dnit.
Em abril de 2018, a obra foi oferecida ao Exército, que topou realizar o serviço. O estudo de viabilidade técnica e econômica foi feito prevendo que os trabalhos sejam executados em três anos e meio, ao custo de R$ 207 milhões.
Porém, para retomar a duplicação, o 4º Grupamento de Engenharia do Exército precisa receber os valores antes de começar o serviço. Depois da verba repassada, o cálculo do setor é que a obra possa começar em dois meses.
Se esta movimentação não ocorrer em dezembro, a troca de governo e a virada de ano deverão adiar para fevereiro a liberação do recurso. Dessa forma, a previsão é que a duplicação no trecho só ocorra a partir de maio de 2019.
Uma alternativa discutida seria começar a obra pelo lote 1, que só depende da assinatura do novo contrato. As obras neste trecho estão paradas desde fevereiro de 2016. Iniciados em maio de 2013, 62% dos serviços previstos na área foram finalizados. Ainda falta concluir o viaduto de Barra do Ribeiro, a travessia urbana de Guaíba e a pavimentação de 24 quilômetros.
Já os trabalhos no lote 2, que estão paralisados desde o começo de 2016, ainda aguarda a rescisão contratual com a Constran. No local, 70% do serviço foi realizado — resta, ainda, a terraplenagem e a pavimentação de todo o lote.