O Comando Militar do Sul está vistoriando, nesta terça-feira (8), as obras de duplicação da BR-116. Há três semanas, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) propôs que o Exército conclua a obra de duplicação em um trecho de 50 quilômetros da BR-116.
Integrantes do batalhão catarinense de Lages estão fazendo os cálculos dos valores propostos para decidir se irão se responsabilizar pela finalização das obras entre Guaíba e Barra do Ribeiro. Os trabalhos no trecho estão parados há um ano e cinco meses.
Caso a instituição aceite a proposta, há chance de mobilização na obra ainda no primeiro semestre. A conclusão do trecho necessita de mais um ano e meio de serviço.
A duplicação do trecho entre Guaíba e Barra do Ribeiro era de responsabilidade da construtora Constran. Porém, em recuperação judicial, a empresa não tem conseguido obter o seguro garantia para retomar o contrato com o Dnit. A segunda opção seria relicitar toda a obra, mas essa alternativa acarretaria mais de um ano de espera.
Diante do impasse, o departamento cogitou chamar a segunda colocada na licitação. No entanto, os serviços que ainda precisam ser executados são pouco atrativos devido à baixa rentabilidade, uma vez que a concorrência é de 2010.
Desde maio de 2013, 62% dos serviços foram realizados na região. Ainda faltam concluir o viaduto de Barra do Ribeiro, a travessia urbana de Guaíba e a pavimentação de 24 quilômetros.
Já os trabalhos no lote 2 estão paralisados desde o começo de 2016. No local, 70% do serviço foi realizado — resta, ainda, a terraplenagem e a pavimentação de todo lote.
A duplicação dos 211 quilômetros entre Guaíba e Pelotas caminha a passos lentos. O baixo ritmo das obras, junto com o reajustamento, faz com que até o percentual de execução diminua. Dados atualizados indicam que a duplicação está 58,7% pronta. Esse percentual havia chegado a 60% meses atrás.
Com 58,7% das obras concluídas, a duplicação está paralisada em mais da metade dos nove lotes. Por isso, os recursos liberados para 2018 estão sendo investidos naqueles que estão em andamento: o 4 (Camaquã), o 5 (Camaquã), o 6 (Cristal) e o 7 (São Lourenço do Sul).
Em 2012, a previsão de investimento para duplicar 211,22 quilômetros (sem contar o contorno de Pelotas) era de R$ 868,9 milhões. Hoje, cálculos atualizados apontam que a obra custará R$ 1,3 bilhão, um aumento de R$ 478,3 milhões.
Já foram investidos R$ 791 milhões desde 2012. Para concluir a duplicação faltam ainda R$ 556 milhões.