O secretário estadual da Segurança Pública, Sandro Caron, retornou do Uruguai com pelo menos duas providências acertadas com colegas daquele país. Todas voltadas para integração, algo imprescindível nas fronteiras, sempre desrespeitadas e burladas pelos criminosos.
A primeira é a realização de encontros periódicos entre equipes de Inteligência (análise) das polícias Civil e Militar do Rio Grande do Sul, além da PF, com colegas da Policía Nacional do Uruguai. Os encontros serão a cada três meses, em sistema de rodízio em pontos nevrálgicos da fronteira, como as cidades de Jaguarão, Santana do Livramento e Quaraí.
Outro acerto é que o secretário Caron propôs que um policial uruguaio faça parte da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), do Ministério da Justiça e Segurança Pública, sob coordenação da Polícia Federal (PF). Ela é composta por integrantes da BM, Polícia Civil, PRF e PF. Ela foi criada para atuar no combate específico às facções criminosas, sobretudo no que se refere ao tráfico de drogas e armas, furto, roubo e receptação de cargas e valores, à lavagem e ocultação de bens, direitos e valores. Agentes do sistema penitenciário também fornecem informações. E o agente uruguaio (Policía Nacional do Uruguai) participará das reuniões.
Caron viajou a Montevidéu acompanhado do Comandante-Geral da Brigada Militar, Coronel Cláudio dos Santos Feoli, e do Chefe da Polícia Civil, delegado Fernando Sodré de Oliveira. Eles se reuniram com o Ministro do Interior do Uruguai, Nicolás Martinelli. Estavam presentes no encontro o Diretor de Investigações da Polícia Nacional do Uruguai, Comissário Geral Juan Rodriguez Reina, o chefe da Direção-Geral de Repressão ao Tráfico Ilícito de Drogas, Comissário Geral Alfredo Rodríguez e demais diretores da Policia Nacional. Da embaixada brasileira compareceram o ministro conselheiro da Embaixada do Brasil em Montevidéu, Alexandre Mendes Nina, o adido policial federal, João Luiz Caetano de Araújo, e o adido policial federal adjunto Fernando Alves Lemos Júnior. Na pauta, estratégias para reprimir o tráfico de armas, drogas e o crime organizado.
— Com essa integração, as polícias darão uma forte resposta às organizações que tentem manter a circulação de ilícitos pela fronteira Brasil-Uruguai — resumiu Caron.