A Polícia Civil e a BM começam a dar resposta para a verdadeira comoção que tomou conta do Rio Grande nas últimas semanas, após uma onda de assaltos que ceifou vidas à plena luz do dia. Os autores do mais rumoroso latrocínio, o da mãe que buscava um filho na porta da escola, estão indo para trás das grades, um após o outro. Só na terça-feira foram três boas operações contra o crime organizado. Em uma delas, na Grande Porto Alegre, policiais civis desarticularam uma quadrilha especializada em manter reféns donos de veículos roubados. Na outra, no centro da Capital, os alvos dos policiais civis foram ladrões que atormentam o cotidiano dos transeuntes. Por fim, o Ministério Público Estadual - com apoio decisivo da Brigada Militar - desbaratou uma rede de venda de fertilizantes falsificados que atuava de norte a sul do RS.
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É pouco para um dia só? Claro que não. Que venham mais e melhores. Mesmo que algumas dessas ações já estivessem planejadas, é sinal de que as autoridades se mexem. Aliás, não param de agir. Somadas à chegada da Força Nacional de Segurança, é provável que essas operações propiciem um alívio aos gaúchos, tão atormentados pelo crime.
O problema é convencer os juízes de que é importante manter presos aqueles contra quem pesam provas decisivas. Magistrados, ninguém defende aqui que aqueles que furtam para comer fiquem mofando atrás das grades. Mas o mínimo que o cidadão deseja é que integrantes do crime organizado - como ladrões que amarram e torturam suas vítimas ou espertalhões que produzem adubo fraudado - experimentem um pouco de punição pelo que fazem. É pedir demais?