Os contratos de opção de venda de arroz, mecanismo executado pelo governo federal para “travar” preço, poderão voltar à mesa neste ano. Ainda que a procura tenha sido baixa nas ofertas realizadas em 2024, o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, disse que busca a manutenção de R$ 1 bilhão do crédito extraordinário para a execução da medida.
— Para se o preço (do arroz para o produtor) baixar, quem sabe, no futuro, fazer mais uma chamada para esse contrato de opção. Se o produtor entender não ser necessário, é porque o mercado está dando conta — disse em entrevista à Gaúcha.
Pretto acrescentou que se tem a intenção de chegar ao volume total previsto de compra, para “voltar a fazer estoque público”. Os recursos disponibilizados permitiam a compra de até 500 mil toneladas, mas as rodadas de leilões terminaram com menos de 20% desse volume — 91,7 mil toneladas.
O setor produtivo, no entanto, entende que a realização dos leilões para contratos de opção de venda neste momento e ao valor estabelecido (R$ 87,62 por saca) não tem efeito positivo.
— O resultado foi baixo, vendeu pouco porque esse preço está abaixo da maioria dos custos de produção do arroz irrigado — pondera Alexandre Velho, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Estado (Federarroz-RS).
O preço médio da saca do arroz, conforme o índice Cepea/Irga, fechou dezembro em R$ 99,9.