A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
A partir desta segunda-feira (10), o frigorífico de aves da Languiru, em Westfália, no Vale do Taquari, retorna a operar com capacidade máxima. Há mais de um ano, as atividades estavam suspensas ou reduzidas. Semanas atrás, a mesma unidade exportou, pela primeira vez, 27 toneladas de pés de frango para a China e 49,6 toneladas da mesma proteína para o Chile. As habilitações da planta para os dois países ocorreram no início deste ano.
Na avaliação do presidente e liquidante da Languiru, Paulo Birck, a unidade ganha agora "um outro patamar de competitividade":
— Isso é um diferencial da planta do tamanho da cooperativa, de poder usar o máximo da capacidade da sua estrutura para abates diários e assim tornar o frigorífico viável.
Birck se refere aos ativos da cooperativa, que está em liquidação extrajudicial desde julho de 2023. No caso do frigorífico em Westfália, o abate estava terceirizado para a JBS desde o início do ano, mas com metade da capacidade da planta — que é de 150 mil animais por dia. Agora, a operação passa a funcionar novamente com 100% da capacidade — e com a China como mercado.
Para suprir a demanda, 240 vagas foram abertas. Até então, a operação estava sendo realizada com 420 funcionários.
Com a nova configuração, a JBS passa a fornecer 125 mil aves diariamente à planta. Até então, o fornecimento de produtores integrados da Seara, marca do portfólio da empresa, era de 50 mil aves por dia. Os cooperados da Languiru seguem entregando 25 mil animais por dia.
Cada uma também segue responsável pelo transporte da proteína até a unidade e a posterior destinação ao mercado.