A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Mesmo com preços em alta e perspectiva de quebra de safra, o mercado segue aquecido para algumas marcas gaúchas de azeite de oliva. É o caso da Capolivo, de Canguçu, no sul do Estado. A empresa registrou crescimento de 130% nas vendas dos seus rótulos no primeiro trimestre deste ano, em comparação ao mesmo período do ano passado.
Diretora de marketing da Capolivo, Carolina Capoani atribui a esse número um trabalho de reforço da marca:
— Houve uma maior participação em inúmeras feiras de negócios, um aumento da procura e reconhecimento pela qualidade dos nossos azeites.
Em 2023, a Capolivo alcançou 80 novos estabelecimentos em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal, além de marcar presença em novas lojas no Rio Grande do Sul.
E o que poderia ter afastado o consumidor, que é o preço do azeite de oliva, que está até três vezes mais alto no mercado, também tem favorecido a marca, na avaliação de Carolina:
— Tem feito com que mais pessoas experimentem e despertem para o sabor, frescor e qualidade dos nossos azeites.
Colhida na Fazenda Tarumã da Boa Vista, em Canguçu, a safra engarrafada que contribuiu para essa alta nas vendas foi a de 2023. No ano, foram produzidos 16 mil litros de azeite de oliva. Uma "super safra", na definição de Carolina.
Neste ano, o excesso de chuva durante os meses de setembro e outubro vai comprometer a produção da marca. As perdas calculadas chegam a 85% da produção, em 100 hectares. Por causa desse cenário, a empresa também deve adiar o projeto de exportação e o de expansão comercial a nível Brasil.