Entidades do agronegócio que apoiam a nova proposta do Estado para aumento da alíquota do ICMS farão novas ações com o objetivo de esclarecer o que motivou essa decisão. Será uma sequência à publicação de um comunicado “a pedido”, na sexta-feira. No manifesto, dizem rechaçar a “abordagem política agressiva e inadequada” que vem sendo adotada por algumas partes contrárias a essa posição. E apresentam dados que embasam a razão pela qual têm se manifestado favoráveis ao projeto atual.
— As críticas que recebemos não condizem com os setores que defendem a recuperação da competitividade. A manifestação vem também para dizer que temos de buscar a melhor alternativa sem ataque — pontua José Eduardo dos Santos, presidente da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), uma das integrantes do movimento Entidades em Defesa do Rio Grande do Sul.
O dirigente explica que mais materiais serão divulgados, com esclarecimentos sobre a questão, para que a sociedade seja informada a partir de dados sobre a avaliação feita pelo grupo.
Um dos principais argumentos é o impacto que teria para o setor o plano apresentado pelo Executivo: a retirada de benefícios. Perda de competitividade de um setor já fragilizado, no caso da proteína animal, e alta no custo da cesta básica, com efeitos para os consumidores são dois desses efeitos apontados por Santos. No frango, cita, a alta no custo ficaria em torno de 9%.
Outro ponto colocado é a contrapartida que vem no pacote agora apresentado pelo Estado, com medidas que buscam resgatar a competitividade. É o caso da renegociação de dívidas, da premiação ao bom pagador e da extinção do Fator de Ajuste de Fruição (FAF).
— Vamos esclarecer o que aconteceria se voltassem os decretos e falar da importância da aprovação desse pacote como um todo para a competitividade, a geração de emprego — reitera Santos.