O jornalista Danton Boatini Júnior colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Enquanto o governo federal fala em incentivar o cultivo de feijão — entre outros produtos que fazem parte do dia a dia da alimentação dos brasileiros —, o Rio Grande do Sul se encaminha para aumentar a produção do grão em relação à safra anterior.
A primeira safra, praticamente encerrada, deve confirmar a estimativa divulgada no início do mês pela Emater, alcançando 48,5 mil toneladas (alta de 19,2% em relação ao ciclo 2022/2023). A segunda safra, que termina de ser colhida em abril, deve resultar em 31,2 mil toneladas (alta de 8,6%).
Segundo o diretor técnico da Emater, Claudinei Baldissera, a segunda safra avança com bom desenvolvimento das plantas e condições de umidade favoráveis à cultura. Na região de Frederico Westphalen, que concentra a maior área, 68% das lavouras estão na fase de germinação e desenvolvimento vegetativo.
Apesar do desempenho favorável nesta safra, o feijão ainda ocupa uma área muito menor se comparado a outros grãos, como a soja e o milho — o que pode ser explicado por fatores como a rentabilidade e os desafios da mecanização.
Na avaliação de Baldissera, um ponto a ser trabalhado é a divulgação de variedades que sejam adaptadas a cada região.
— À medida que avançam as possibilidades de mecanização e (o feijão) se torna atrativo na questão da rentabilidade, mais incentivos do governo, é provável que se avance em áreas com maior cultivo — avalia o diretor.