Ficou para 2024 a perspectiva de recuperação plena, depois de um efeito histórico sobre a economia gaúcha da estiagem em 2022. É o que mostram os dados do PIB de 2023 divulgados pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE), da Secretaria Estadual de Planejamento.
A agropecuária do RS fechou o ano passado com um crescimento de 16,3%, levemente acima dos 15,1% registrados pelo segmento no país. Com um detalhe importante a ser levado em consideração: a produção brasileira vinha de uma marca recorde, a gaúcha, desse tombo histórico. Para completar, o clima impediu a retomada esperada para um ano pós-perdas. A reprise da estiagem frustrou esse crescimento na safra de verão. E o excesso de chuva, com cheias e temporais que resultaram em perdas de vidas, inclusive, fez a produção de inverno encolher.
— Para 2024, é esperado que a gente recupere (as perdas). Recupere os volumes de produção, mas os preços estão em patamares abaixo de 2023 — observou o pesquisador do DEE Martinho Lazzari.
Economista-chefe da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Antônio da Luz acrescenta que, mesmo com a alta de 16,3% na agropecuária em 2023, ainda falta 32,23% para recuperar e voltar ao patamar de 2021:
— Em 2022, por causa da estiagem, fomos no fundo do poço. Em 2023, tivemos outra estiagem, mas menor do que a de 2022, então, é como sair do fundo do poço, mas continuar no poço.