Se é para o Litoral que as pessoas "migram" no período de verão, também é lá que estão as ações de conscientização e de prevenção da gripe aviária. Placas como a que pode ser vista na foto acima, próxima aos Molhes, em Torres, ajudam com informações sobre a doença, registrada pela primeira vez no Rio Grande do Sul em 2023, e também sobre o que fazer caso animais marinhos sejam encontrados na praia.
Até então livre da influenza aviária de alta patogenicidade, o Brasil teve a confirmação dos primeiros dois focos em 15 de maio de 2023, no Espírito Santo, ambos em aves migratórias. No Rio Grande do Sul, exames atestaram um foco em aves silvestres em área da Estação Ecológica do Taim, entre Rio Grande e Santa Vitória do Palmar. Em outubro, se confirmaram os primeiros casos em animais marinhos no Estado, na praia do Cassino, no Estado. No total, conforme relatório do Ministério da Agricultura atualizado até este domingo à tarde (31), os gaúchos contabilizavam cinco focos da doença. No Brasil, são 151 focos, todos em animais silvestres.
A maior preocupação é garantir que o vírus se mantenha longe das granjas comerciais, em razão das perdas que isso poderia acarretar. O país é o maior exportador mundial de carne de frango. É por isso que no período de férias optou-se por reforçar a prevenção, sobretudo para evitar o contato das pessoas com lobos e leões marinhos que eventualmente venham a aparecer à beira-mar.
A placa em Torres alerta para isso e também traz números dos órgãos que podem ser acionados nessas situações.
Ainda em dezembro, na chegada do verão a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) também lançou uma nova etapa da campanha nacional de prevenção à doença voltada aos turistas, frequentadores de praias e moradores de áreas litorâneas.
A orientação básica é: não toquem em animais mortos ou doentes que possam ser encontrados na beira da praia e avisem o serviço de vigilância oficial.
Quem acionar
Todas as suspeitas, que incluem sinais respiratórios, neurológicos ou mortalidade alta e súbita devem ser notificadas imediatamente à Secretaria da Agricultura, por meio da Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima ou pelo WhatsApp (51) 98445-2033. O canal funciona sete dias por semana, 24 horas por dia.