A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Considerada o “termômetro” de cada safra, a Avaliação Nacional de Vinhos, que chega a 31ª edição, só vai divulgar as 16 amostras mais representativas de 2023 neste sábado (4), em Bento Gonçalves. Mas o que o público deve encontrar dentro do conjunto de taças já se sabe: diversidade.
— O ponto alto da avaliação foi, sem dúvida, a abrangência geográfica, a diversidade de estilos de vinhos e de variedades de uvas — reforça Ricardo Morari, presidente da Associação Brasileira de Enologia (ABE), organizadora do evento.
Os números das inscrições já dão essa pista, que depois foi comprovada pela degustação às cegas de 90 enólogos que selecionaram as 16 amostras – do vinho tinto até o espumante rosê. Foram 503 amostras inscritas de 74 vinícolas localizadas em sete Estados diferentes (incluindo o Rio Grande do Sul) mais o Distrito Federal. Um recorde. No ano passado, participaram 70 vinícolas de cinco Estados (com o RS).
— Estará na taça a prova de que a vitivinicultura vem se espalhando por diferentes regiões brasileiras — salienta Morari.
Além de ser um panorama qualitativo da safra, a avaliação funciona como uma espécie de “norte” ao vitivinicultor, já que cada vinho inscrito recebe uma pontuação.
— O produtor consegue saber se o vinho pode agregar mais valor ou mesmo se tem como melhorar. Ou até mesmo saber que está no caminho certo — exemplifica o dirigente da ABE.
Neste sábado, o encontro no Parque de Eventos de Bento Gonçalves apresentará a safra 2023 para o público em geral. A expectativa é que 2 mil apreciadores de vinho participem da atividade, degustando as 16 amostras selecionadas.