A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Com o objetivo de se adaptar à evolução da produção brasileira, a Avaliação Nacional de Vinhos trará mudanças na edição deste ano. E que poderão ser percebidas já no momento da inscrição das amostras para essa que é a 31ª edição.
Na avaliação de Ricardo Morari, presidente da Associação Brasileira de Enologia (ABE), organizadora do evento, uma das principais alterações estão relacionadas à quantidade de amostra por cada categoria.
Na Vinho Base para Espumante, por exemplo, foi reduzida de três para duas amostras. Já na Vinho Tinto Jovem aumentou para duas e foi criado um grupo específico para a variedade pinot noir. De acordo com Morari, eram categorias que estavam recebendo menos e mais inscrições ao longo dos últimos 10 anos, respectivamente.
— Para os avaliadores que são apreciadores, não técnicos, era difícil de entender o Vinho Base para Espumante. Não é um espumante pronto, então há uma acidez mais alta, uma intensidade aromática mais baixa. E, no Vinho Tinto Jovem, o pinot noir não era avaliado como deveria. Por ser de cor menos intensa, o fator coloração acabava pesando na pontuação — justifica o dirigente.
Outra mudança está na abrangência dos produtos que poderão ser inscritos neste ano. Agora, o evento receberá vinho de colheita de inverno — de julho de 2022 a junho de 2023 — em todas as categorias.
Morari lembrou ainda que alterações são normais a cada edição:
— A Avaliação Nacional de Vinhos é o espelho do setor vitivinícola brasileiro. Nela, é possível perceber as mutações do setor.
Os detalhes sobre a avaliação, que escolhe os melhores vinhos brasileiros do ano, e as inscrições estão em anvinhos.com.br.