A tradição de levar à mesa do Natal o peru e as aves natalinas faz a Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav) projetar uma alta de 3% na produção dessas proteínas, que também devem ficar mais salgadas neste ano. A estimativa é de um reajuste entre 9% e 13% no valor dos dois tipos de produtos. Para o peru, o preço do quilo fica em média de R$ 25 e, para as aves natalinas, em R$ 13,50. Segundo o presidente da entidade, José Eduardo dos Santos, essa reposição reflete aumentos verificados nos custos.
A perspectiva de uma produção maior, por sua vez, vem de fatores sazonais, como a injeção do 13º salário na economia, e de indicadores da própria indústria, avalia Santos:
— Há um aumento do leque de aves natalina, a cada ano temos novas marcas atendendo esse mercado, e isso dá opção de escolha ao consumidor.
Entre 10% e 15% do direcionamento de vendas do setor de aves costuma ser nesse período de final de ano. Para 2023, a receita está estimada em R$1,2 bilhões, 13% a mais do que no ano passado.
— O aumento de oferta das aves embasa que (o período) dá um oxigênio para as empresas. O ano não foi muito bom, teve preços retraídos e exportações evoluindo em volume, mas com oscilações de valores — explica.
O dirigente lembra que a preparação das aves natalinas e do peru exigem uma ração reforçada, com necessidade de maior investimento do produtor.