Criada a partir de demanda levada a Brasília por entidades do Rio Grande do Sul, a linha de crédito para capital de giro de cooperativas acaba de tomar forma. O BNDES aprovou o modelo que deverá estar disponível a partir do próximo dia 17. A modalidade, que traz a possibilidade de fixação da taxa na variação cambial, disponibilizará R$ 1 bilhão para cooperativas de áreas afetadas por intempéries – da estiagem às inundações.
Batizada de Crédito Cooperativas, a linha tem funding (captação de recursos) próprio do BNDES. Poderão acessá-la cooperativas de municípios com decreto de emergência ou de calamidade reconhecidos pela União a partir de 1º de janeiro deste ano.
– Isso é um início de uma caminhada – avalia Darci Hartmann, presidente do Sistema Ocergs/Sescoop-RS, acrescentando que ainda falta conhecer os detalhes das taxas.
Ao lado da Farsul e da Federação das Cooperativas Agropecuárias do RS (Fecoagro), a entidade participou de reunião em Brasília, em agosto, em que a proposta para financiamentos que viabilizassem capital de giro às cooperativas foi apresentada. Na abertura oficial da Expointer, no dia 1º de setembro, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, anunciou que a linha seria criada. Depois disso, ainda viriam as cheias que devastariam a região do Vale do Taquari.
– É importante ressaltar que esse recurso é para que os produtores atingidos por eventos climáticos possam ter mais prazo para pagar suas cooperativas, ou seja, o endereço final é o produtor – pontua Antônio da Luz, economista-chefe da Farsul.
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