Em um esforço que reúne órgãos do governo e entidades do setor produtivo, um mutirão será formado para apurar a real dimensão das perdas no meio rural em razão das cheias. E, mais do que isso, dar celeridade à assistência necessária para o processo de recuperação em cada caso. Inicialmente, os esforços devem se concentrar nos 19 municípios em situação de emergência ou de calamidade. Nesses locais, a estimativa é de que haja 2,1 mil produtores afetados.
Já na próxima terça-feira (26), o grupo criado em reunião realizada ontem em Encantado colocará à mesa todas as informações de prejuízos apuradas até o momento. Entre os integrantes da iniciativa estão as secretarias estaduais da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, a Emater, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS) e a Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS).
— O objetivo é de que não haja uma sobreposição nem um esquecimento nos levantamentos. É preciso trabalhar na reorganização da propriedade, na análise de solo, na recomposição de matéria orgânica e, inclusive, na estabilidade emocional — destaca o secretário do Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini.
Como a ideia é estratificar os diferentes efeitos produzidos no campo pelas enchentes, um formulário com questões adicionais deve ser formulado. Representante da Fetag-RS na reunião, o engenheiro agrônomo Adrik Richter acrescenta que esse levantamento personalizado servirá para traçar ações.
— Nos parece que o momento exige o máximo de eficiência possível, e isso só vamos conseguir somando esforços. É um trabalho de diagnóstico e planejamento de ressurgimento econômico — completa Eduardo Condorelli, superintendente do Senar-RS.
A instituição projeta a participação de 20 técnicos no trabalho a campo — também executado por Emater e Fetag-RS. O número exato, no entanto, dependerá das necessidades indicadas.
— Precisamos concentrar os esforços e definir quem cuida de cada tarefa nas áreas de atuação — acrescentou o titular da Agricultura, Giovani Feltes.