A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Sexta-Feira Santa é quando os pescados ganham um lugar de destaque à mesa. O período concentra uma fatia importante da comercialização de peixe no Estado.
E, na hora de escolher a proteína ideal para cada receita, é preciso prestar a atenção a características do produto para garantir um alimento seguro.
— O peixe vem da água e nela há microrganismos que vivem junto com ele e podem gerar doenças — salienta a auditora fiscal federal agropecuária Maria Luiza Maciel, que atua na superintendência do Ministério da Agricultura do Estado.
Convidada pela coluna, ela deu dicas para a escolha. Frescor e aparência do animal, por exemplo, estão nessa lista. Confira:
1. Temperatura
O peixe precisa estar imerso em uma camada de gelo.
— Se não tiver gelo, já tem comprometimento do produto — afirma Maria Luiza.
2. Pele e escamas
A pele e as escamas também precisam de atenção. As escamas devem estar firmes e um teste é tentar puxá-las. Elas não devem se soltar do corpo do animal.
E a pele não pode ter manchas, principalmente as esbranquiçadas, que podem indicar a presença de fungos.
3. Cauda
Na região próxima à cauda, a atenção é quanto à limpeza e a presença de perfurações. O local deve ter um aspecto brilhante e odor normal, característico do produto.
4. Barriga
Outra questão importante a ser observada é a barriga do peixe, onde o consumidor deve apalpar com um dedo e verificar se a impressão digital desaparece logo em seguida. Caso ela se mantenha, é sinal que o peixe está inadequado para o consumo.
5. Olhos
Os olhos do peixe também precisam de análise. Devem estar limpos, translúcidos, transparentes e com aspecto vivo.
6. Coloração das brânquias ou guelras
Outro aspecto que definirá a boa qualidade ou não do peixe é a coloração das brânquias ou guelras, que devem ser rosa avermelhada, úmidas e brilhantes.
7. Na hora da compra
Maria Luiza também recomenda que, na hora da compra do produto, o consumidor leve uma embalagem térmica para armazenar a proteína até chegar em casa.
— E, se não for cozinhar até o dia seguinte, deve-se congelar o produto — diz.