Com uma fatia importante das vendas de peixes no Estado, entre 20% e 25% da produção do ano, a Semana Santa ganha ares de retomada neste ano. Levantamento feito pela Emater em 442 dos 497 municípios gaúchos projeta que possam ser comercializadas 3,03 mil toneladas de pescado no período. A quantidade é 24,18% maior do que a prevista no ano passado, quando o cenário da pandemia havia se agravado. Com um preço médio de R$ 23, o valor que deve ser movimentado no Rio Grande do Sul agora é estimado em R$ 70 milhões.
— A maior parte da comercialização de peixe no Rio Grande do Sul ainda ocorre durante a Semana Santa — reforça o zootecnista e extensionista da Emater João Alfredo Sampaio, responsável pelo levantamento.
A coleta de informações sobre as vendas da Semana Santa é feita desde 2009 pela instituição. A apuração é realizada pelos escritórios municipais e, posteriormente, processada e compilada pela unidade central, em Porto Alegre.
Neste ano, os espaços para a compra de pescados incluem 258 feiras, 2.231 propriedades (onde são realizadas as chamadas feiras na taipa) e 1.528 pescadores que comercializarão o pescado (de captura) em suas residências.
— Somando todos esses eventos, chegamos a um total de 6.408 situações que estarão abastecendo os consumidores gaúchos — completa Sampaio.
Na lista dos mais vendidos devem estar carpa capim (inteira e eviscerada), tilápia (filé e inteira), carpa prateada inteira, carpa húngara comum inteira, carpa cabeça grande inteira e camarão.
Além do acompanhamento neste período, a Emater atua na área de piscicultura ao longo de todo o ano. São ações que vão da elaboração de projetos, passando pela construção de viveiros e chegando a formas de consumo de pescado.