Gisele Loeblein

Gisele Loeblein

Jornalista formada pela UFRGS, trabalha há 25 anos no Grupo RBS e, desde 2013, assina a coluna Campo e Lavoura, em Zero Hora. Faz também comentários diários na Rádio Gaúcha e na RBS TV.

Terreno fértil
Notícia

Por que, mesmo com estiagem, cooperativas do agro cresceram em 2022

Faturamento do setor subiu 3,4%, e as sobras, 13,6%

Gisele Loeblein

Enviar email
Dusan Kostic / stock.adobe.com
Um dos motivos para o crescimento da receita foi os insumos, que tiveram seus preços elevados em razão da guerra Rússia-Ucrânia

Os números finais ainda estão sendo fechados, mas a apuração feita até o momento aponta que as cooperativas agropecuárias do Rio Grande do Sul fecharam 2022 com crescimento na receita (ou nos ingressos, como se diz no jargão do segmento). Mesmo com a estiagem de maior perda econômica para o Estado, o faturamento subiu 3,4%. E as sobras, 13,6%. Resultado possível a partir de alguns ingredientes específicos. Como o estoque de soja remanescente de 2021 que acabou sendo comercializado no ano passado, permitindo o ingresso de recursos. 

Os insumos foram outra fonte. A incerteza trazida pela guerra Rússia-Ucrânia elevou preços. E as cooperativas vendem esses itens, o que fez com que essa alta também aparecesse na receita.

— A seca foi a grande dificuldade que as cooperativas tiveram (no ano passado). Acho que conseguiram buscar saídas muito interessantes — avalia Darci Hartmann, presidente do Sistema Ocergs-Sescoop-RS.

O dirigente lembra ainda que, nos dois meses finais do ano, também entrou o efeito da safra de trigo, que foi recorde, com os preços do cereal também em cotações favoráveis.  

Considerando os sete ramos do cooperativismo, o avanço da receita fica em 11%, com as sobras sendo ampliadas em até 17%. Hartmann aponta que crédito e infraestrutura foram áreas que tiveram crescimentos expressivos — representativamente, o agro segue tendo o maior peso. 

Sobre as crises enfrentadas por cooperativas importantes do agro, o dirigente observa:

— Em situações de fragilização, cada vez mais temos de monitorar, começar a construir junto com as cooperativas projeções de futuro. Quando entram em dificuldade, não é em um ano. A ideia é ser mais pró-ativo, fazer um trabalho mais técnico, de prevenção.

Leia mais colunas de Gisele Loeblein

GZH faz parte do The Trust Project
Saiba Mais
RBS BRAND STUDIO

Madrugada Gaúcha

03:00 - 05:00