A jornalista Bruna Oliveira colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
Uma comitiva mexicana composta por médicos veterinários e avaliadores de risco está percorrendo nove estados brasileiros, entre eles o Rio Grande do Sul, para examinar unidades de produção pecuária em relação à compra de carne sem osso pelo país. Cinco cidades gaúchas estão no roteiro: Santa Maria, Alegrete, São Gabriel, Bagé e Uruguaiana.
A missão está dividida em três roteiros distintos, sob gerenciamento do Ministério da Agricultura. Enquanto uma parte da comitiva visita propriedades rurais, onde se observam questões de boas práticas, bem-estar animal e manejo, outra se dedica a vistoriar plantas frigoríficas. Uma terceira parte da comitiva está verificando pontos de fiscalização de fronteiras, portos e aeroportos, a fim de observar como funcionam os controles sanitários nessas áreas.
A visita ao RS inclui os roteiros de visita a propriedades e fronteiras. A expectativa com o desembarque da comitiva é pela possibilidade de mercado que se abre. No fim do ano passado, visita semelhante de equipes do Chile representou a primeira conquista comercial a partir do novo status gaúcho de zona livre de febre aftosa sem vacinação, com abertura de mercado para a carne suína gaúcha.
Chefe do Departamento de Vigilância e Defesa Sanitária Animal da Secretaria Estadual da Agricultura, Rosane Collares explica que, apesar do reconhecimento internacional certificado pela Organização Mundial de Saúde Animal, alguns países optam por verificar in loco as condições dos possíveis mercados, como é o caso do México. Conforme Rosane, a expectativa é de que os resultados da visita sejam tão positivos quanto os da visita chilena.
— Esperamos ser tão bem avaliados por eles como fomos pelo Chile. Recentemente tivemos essa avaliação positiva, com reconhecimento do status, e esperamos conseguir demonstrar da mesma maneira todas as atividades que fizemos de mitigação de riscos e de vigilância de fronteiras — diz Rosane, que acompanhará parte do roteiro no Estado.
Uma reunião final, prevista para ocorrer até o fim da semana, em Brasília, deve acenar alguns resultados da visita.
