Contra um inimigo do tamanho da influenza aviária, todo reforço é bem-vindo. Assim como o Brasil, o Rio Grande do Sul intensificou as já existentes ações preventivas, a partir da detecção de casos nos vizinhos Argentina e Uruguai. Isso inclui 32 equipes volantes de fiscais estaduais agropecuários atuando em escala semanal com uma importante ajuda da tecnologia.
Seis drones têm sido usados nos monitoramentos a campos feitos com o objetivo de verificar principalmente as aves migratórias que passam pelo Estado. Conforme a Secretaria da Agricultura, as equipes têm atuado em áreas de fronteira com Argentina e Uruguai, sítios de aves migratórias e grandes lagoas.
A vigilância ativa contabiliza, desde o início do ano, 1.545 ações, com uma estimativa de 1,03 milhão de aves observadas. Os drones permitem visão aérea de pontos em que não seria possível chegar de carro ou a pé, explica o fiscal Pablo Fagundes Ataide:
— Conseguimos chegar perto dos grupos de aves e fazer a visualização: filmagem, foto, para ver se identificamos algum sinal clínico (compatível com sintomas da influenza aviária). O drone nos auxiliou muito nisso, chega a até três quilômetros de distância do ponto em que estamos.
Os agentes também recorreram aos tradicionais binóculos e lunetas para fazer a observação. Nessas ações, três casos suspeitos foram analisados e descartados.
Na vigilância passiva, houve 59 notificações de casos suspeitos, com 12 amostras colhidas, todas negativas para a influenza aviária. Um painel de atualização também ajuda a manter à vista os pontos de atuação. Na Divisão de Defesa Sanitária Animal, a ordem é “tolerância zero”. Ou seja, é manter a doença, nunca registrada no Brasil, bem longe dos limites gaúchos.